Filha de Milton Gonçalves diz que ator teve uma morte “calma e bonita”

Filha do ator Milton Gonçalves, Catarina Gonçalves afirmou que o pai teve uma morte bonita e “sem dramas”. O artista morreu nessa segunda-feira (30/5), aos 88 anos, por consequências de um acidente vascular cerebral (AVC) que ele sofreu em 2020.
Ao portal G1, Catarina contou que estava ao lado do pai no momento da morte, e disse que ele vinha apresentando sinais de cansaço nos últimos meses. Os sintomas, de acordo com ela, são consequências de problemas de saúde decorrentes do AVC que Milton sofreu.

Milton Gonçalves morreu aos 88 anos de idade, no Rio de Janeiro Divulgação/ Globo

O ator faleceu, segundo informações dos familiares, às 12h30, em casa, por consequências de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido há quase dois anos Divulgação/TV Globo

Milton Gonçalves teve o AVC em fevereiro de 2020, quando participava de uma feijoada na quadra da escola de samba Salgueiro, na Tijuca (RJ). O ator passou três meses no hospital. Em janeiro deste ano, Catarina Gonçalves, filha do ator, contou ao jornal O Globo que ele fazia sessões diárias de fisioterapia e fonoaudiologia Acervo/Globo

Milton Gonçalves nasceu em 9 de dezembro de 1933, em Monte Santos, Minas Gerais. Fabio Cotta/Globo

Ele fez teatro infantil e amador e estreou profissionalmente em 1957. Deixou o grupo em 1958 e, junto com Célia Biar e Milton Carneiro, fez parte do primeiro elenco de atores da Globo Acervo/Globo

Na Globo, Milton fez mais de 40 novelas, atuou em programas humorísticos e minisséries Acervo/Globo

Se destacam trabalhos como Irmãos Coragem, A Grande Família, Escrava Isaura, Carga Pesada, Caso Verdade Acervo/Globo

Além disso, ele foi o primeiro brasileiro a apresentar um prêmio no Emmy internacional. Na cerimônia de 2006, esteve ao lado da atriz americana Susan Sarandon para anunciar o vencedor de Melhor Programa Infantojuvenil Acervo/Globo

O ator também teve importante militância política. Simpatizante do Partido Comunista Brasileiro na juventude, chegou a se candidatar ao governo do Estado do Rio de Janeiro em 1994 pelo PMDB Acervo/Globo
0“De uns meses para cá, ele começou a ficar muito cansado. O AVC foi tomando conta e ele apresentava alguns sinais, como a pressão baixando. Nos últimos dias, ele passou mal, mas nada de muito grave”, explicou ela.
Ela ainda deu detalhes sobre o momento da morte do ator, que aconteceu em sua casa, no Rio de Janeiro: “A morte dele foi muito calma, muito bonita. Eu estava ao lado dele e foi como se ele estivesse indo dormir. Foi muito calmo. Apesar dele ser um grande ator dramático, não teve nada de drama nesse momento. Foi muito calmo”.
Velório e enterro
Familiares e amigos se despediram do ator Milton Gonçalves no Teatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (31/5). O corpo de Milton chegou ao local às 8h, e ficou restrito aos familiares por cerca de uma hora. Logo em seguida, foi aberto ao público.
O também ator Mauricio Gonçalves, filho de Milton, levou uma bandeira do Flamengo, time do coração do artista, para o velório do pai. Alda Gonçalves, também filha do ator, esteve no velório. Os atores Antonio Pitanga e Mateus Solano também prestaram homenagens ao colega de profissão. Veja fotos:

Maurício Gonçalves, filho de Milton Aline Massuca/ Metropoles

Maurício Gonçalves, filho de Milton, ao lado de familiares Aline Massuca/ Metropoles

Corpo do ator Milton Gonçalves é velado no Teatro Municipal no Rio de Janeiro Aline Massuca/ Metropoles

Corpo do ator Milton Gonçalves é velado no Teatro Municipal no Rio de Janeiro Aline Massuca/ Metropoles

Antonio Pitanga, pai de Camila Pitanga e amigo de Milton Aline Massuca/ Metropoles

Antonio Pitanga, pai de Camila Pitanga e amigo de Milton, abraça Alda Gonçalves, uma das filhas de Milton Aline Massuca/ Metropoles

Antonio Pitanga, pai de Camila Pitanga e amigo de Milton Aline Massuca/ Metropoles

Alda Gonçalves, filha de Milton Gonçalves Aline Massuca/ Metropoles

Ator Mateus Solano Aline Massuca/ Metropoles

Corpo do ator Milton Gonçalves é velado no Teatro Municipal no Rio de Janeiro Aline Massuca/ Metropoles
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