Pantanal tem cobra fake e produtos da economia local: entenda

Pantanal, novela que ganhará nova versão na Globo, terá alguns detalhes curiosos em sua produção. O folhetim, que estreia em abril de 2022, terá uma cobra fake, produtos da economia local e violeiros.
Nas gravações no Mato Grosso do Sul e nos Estúdios da emissoa no Rio de Janeiro, o departamento de arte de Pantanal precisou encontrar soluções para dar “vida” às cenas escritas Bruno Luperi – a versão original, dos anos 1990, foi feita por Benedito Ruy Barbosa.

Sucesso da extinta TV Manchete em 1990, a novela ganhará uma nova versão, 32 anos após a primeira estreia Divulgação/TV Globo

Alanis Guillen vai interpretar Juma Marruá, a mulher onça, no remake da novela Pantanal Divulgação/TV Globo

A trama principal gira em torno de José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira). Na primeira fase, Renato Góes interpretará o papel Divulgação/TV Globo

Marcos Palmeira será o protagonista José Leôncio, pai de 3 filhos, na segunda fase da trama Divulgação/TV Globo

Osmar Prado será o Velho do Rio, espírito de Joventino, pai de José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira) Divulgação/TV Globo

José Loreto fará o papel de Tadeu, um dos filhos de José Leôncio Globo/Reprodução

Jove (Jesuíta Barbosa) é um dos filhos de José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira) na novela Pantanal Globo/Reprodução

Dira Paes dará vida a personagem Filó, mãe de Tadeu Reprodução/Instagram

Juliana Paes será a Maria Marruá, de Pantanal Globo/Reprodução

A mãe de Jove, Madeleine, será interpretada por Bruna Linzmeyer, na primeira fase da novela Reprodução/Instagram

Irma (Malu Rodrigues), Madeleine (Bruna Linzmeyer), Mariana (Selma Egrei) e Antero (Leopoldo Pacheco) em Pantanal João Miguel Jr./Rede Globo/Divulgação

Caco Ciocler interpretará o Dr. Gustavo Globo/Reprodução

Madeleine (Bruna Linzmeyer), José Leôncio (Renato Góes) e Filó (Leticia Salles), na primeira fase da novela João Miguel Jr./Rede Globo/Divulgação

Guta será vivida por Julia Dalavia Instagram/Reprodução

Juliano Cazarré também fará parte do elenco de Pantanal como Alcides Instagram/Reprodução

Silvero Pereira dará vida ao peão Zaqueu Instagram/Reprodução

O cantor Guito vai estrear como ator na novela interpretando o Tibério Instagram/Reprodução
0A produtora de arte Miriam Saback pesquisou por 6 meses o artefatos para construir o universo pantaneiro. A especialista e sua equipe precisaram encomendar de uma artesã uma sucuri de quatro metros de comprimento.
“Ela é maleável, temos que passar diariamente uma glicerina para não ressecar. Quando encomendamos, pedimos que houvesse a possibilidade dessa cobra entrar dentro da água. Materiais como esses não podem ficar no calor do Pantanal. Mandamos fazer uma casinha, um compensado de madeira para abrigá-la. E não termina por aí. Para as gravações, precisamos deslocar essa cobra de uma fazenda para outra. Ligamos para a frota e pedimos um carro específico para a arte, com caçamba atrás, e encomendamos um rack com a medida da cobra”, conta a produtora. A cobra “fake” funciona como uma dublê da cobra de verdade; essa, sim, usada na maior parte das cenas.
Grande parte dos produtos foram encomendados de produtores locais do Mato Grosso do Sul.
“Comprei a louça toda do povo Terena, produzida por indígenas da região. São travessas de cerâmica vermelha com desenhos indígenas para a fazenda, louças mais simples para a tapera e algumas sacolas que eles fazem de mercado, com desenhos lindos para a chalana, que encomendamos para homenagear esse povoado local. Quando entramos em contato com eles, tivemos ainda a oportunidade de conversar com o pajé e tirar algumas dúvidas sobre como são tratadas pessoas que sofrem picadas de cobra ou são atacadas por animais, pois precisaremos ter em algumas cenas o que seria usado em casos como esses, já que o Velho do Rio em determinado momento irá ajudar uma pessoa, e explicará que aprendeu o ritual com indígenas”, diz Miriam.
“O Papinha (diretor artístico, Rogério Gomes) é um amante da música e queria um som legal, por isso a escolha dos violões foi tão importante. Ligamos para o artista e perguntamos como estão acostumados a tocar. Fizemos um violão para o Tibério, Quim e Trindade. O Gabriel Sater nos mandou todas as especificações e encomendamos um igual ao dele, envelhecemos de forma que ficasse uma réplica. Até brinquei que ele não saberia dizer qual é qual. O Almir ficou encantado com o violão que encomendamos para o Chico Teixeira. Ele adorou, tocou à beça. No caso do Almir, liguei para ele, que me disse que os violões dele são muito antigos, têm cara de época. Ele deixou a gente dar uma ‘envelhecidinha’ estando ao lado, cuidando de tudo (risos). Portanto, é o único que usará seu violão próprio”, finaliza