Linha Direta repercute na web após mostrar vídeo de Henry Borel morto

O Linha Direta dessa quinta-feira (18/5) contou a história do menino Henry Borel, que morreu aos 4 anos, em março de 2021, na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro). O programa virou assunto nas redes sociais por mostrar imagens da criança morta no colo da mãe.
As cenas exibidas no Linha Direita são da câmera de segurança do prédio em que o menino morava. As imagens, até então nunca exibidas na TV, repercutiram na web.
“Necessário para mostrar o quão grave é esse crime, dois assassinos que bancam uma pose de inocentes”, escreveu uma internauta. “Tá muito forte esse programa”, disse outro usuário do Twitter. “Meu Deus, olha a cor da criança, completamente pálida”, enfatizou outra internauta.
A TV Globo quase foi impedida judicialmente de veicular o programa. A exibição do Linha Direta havia sido suspensa após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatar uma liminar da defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, acusado de ter matado o menino, de apenas 4 anos.

Arquivo Pessoal

Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico Reprodução
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-mid-gallery", container: "1-taboola-widget-1-photo-galley", placement: "1-Widget 1 photo galley", target_type: "mix" }); Publicidade do parceiro Metrópoles 1
O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente Arquivo Pessoal

O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte Arquivo Pessoal
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-mid-gallery", container: "1-taboola-widget-2-photo-galley", placement: "1-Widget 2 photo galley", target_type: "mix" }); Publicidade do parceiro Metrópoles 2
Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino Arquivo Pessoal

A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro Arquivo Pessoal
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-mid-gallery", container: "1-taboola-widget-3-photo-galley", placement: "1-Widget 3 photo galley", target_type: "mix" }); Publicidade do parceiro Metrópoles 3
Semanas antes do crime ocorrer, a babá que cuidava de Henry alertou Monique, por mensagem, sobre um episódio em que Jairinho se trancou no quarto do casal com o menino, que depois deixou cômodo alegando dores e mancando Arquivo Pessoal

Um mês após a morte de Henry, Monique Medeiros e o padrasto foram presos no Rio de Janeiro por atrapalharem as investigações. Segundo a polícia, eles estariam ameaçando testemunhas para combinar versões Divulgação
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-mid-gallery", container: "1-taboola-widget-4-photo-galley", placement: "1-Widget 4 photo galley", target_type: "mix" }); Publicidade do parceiro Metrópoles 4
A polícia também afirma que eles teriam apagado mensagens de WhatsApp em uma tentativa de obstruir as investigações. Os aparelhos, no entanto, foram desbloqueados e mensagens de texto e imagens, recuperadas. Arquivo Pessoal

Depois do caso vir à tona, uma ex-namorada de Jairinho contou à polícia que durante o relacionamento com o vereador, ele agrediu a filha dela, que na época tinha 4 anos Agência Brasil
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-mid-gallery", container: "1-taboola-widget-5-photo-galley", placement: "1-Widget 5 photo galley", target_type: "mix" }); Publicidade do parceiro Metrópoles 5
Em carta escrita na cadeia, a mãe de Henry afirmou ter sido manipulada, ameaçada e agredida por Jairinho durante o relacionamento. Segundo ela, o ex-namorado a medicava com ansiolíticos e chegou a flagrá-lo colocando remédio em sua bebida Arquivo Pessoal

Quase um ano após a morte do menino, Jairinho e Monique prestaram depoimento no Tribunal do Júri para elucidar o caso. O padrasto da criança preferiu não responder a perguntas em juízo e disse que nunca encostou um dedo na criança Divulgação
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-mid-gallery", container: "1-taboola-widget-6-photo-galley", placement: "1-Widget 6 photo galley", target_type: "mix" }); Publicidade do parceiro Metrópoles 6
Em depoimento de oito horas, Monique fez novas revelações, como a postura agressiva e controladora de Jairinho no relacionamento e a dificuldade de Henry para lidar com o divórcio dela e de Leniel Borel, pai da criança Aline Massuca/Metrópoles

Ao depor, a mãe do menino afirmou ter sido treinada pelo ex-advogado de Dr. Jairinho, André França Barreto, para mentir à polícia sobre a morte do filho Aline Massuca/Metrópoles
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-mid-gallery", container: "1-taboola-widget-7-photo-galley", placement: "1-Widget 7 photo galley", target_type: "mix" }); Publicidade do parceiro Metrópoles 7
Após a audiência de instrução, o caso aguarda para ser julgado pela Justiça. Jairinho e Monique são réus por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica Aline Massuca/Metrópoles
Voltar Progredir 0A juíza Elizabeth Machado Louro foi quem proibiu o programa de ir ao ar. Segundo a magistrada, a atração da TV Globo poderia influenciar a opinião pública, já que o caso vai a júri popular: “O processo ainda pende de julgamento, e a exibição em canal aberto e por emissora de grande alcance não parece servir aos propósitos informativos que possam ser alegados”, afirmou ela.
E completou: “O réu deverá ser julgado por um corpo de juízes leigos, e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores”.
A decisão, no entanto, foi derrubada pelo STF, nessa quinta-feira (18/5). O ministro Gilmar Mendes entendeu que o ato da Justiça fluminense ofendeu o decidido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130, que proibiu a censura prévia à atividade jornalística.
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-c-3x1", container: "taboola-mid-article", placement: "Mid Article", target_type: "mix" });