Chainsaw Man: por que anime foi adulterado no Brasil por extremistas?

O Metrópoles noticiou que o dublador Guilherme Briggs sofreu ataques de ódio e até ameaças por recusar a tradução feita por fãs de uma produção japonesa. Em uma atitude extrema, ele decidiu abandonar o trabalho. A série se chama Chainsaw Man, nasceu como mangá e estreou a versão animada em 2022.
Escrito por Tatsuki Fujimoto, Chainsaw Man é protagonizado por Denji, adolescente que herdou uma dívida do pai com a Yakuza (máfia japonesa) após sua morte e, por isso, vive na miséria.

O dublador Guilherme Briggs - Metrópoles YouTube/Reprodução

Trecho preconceituoso do mangá Chainsaw Man, traduzido por fãs Reprodução
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Trecho do mangá Chainsaw Man adulterado por fãs com palavrão

Fãs adulteraram mangá Chainsaw Man e acrescentaram uma marca brasileira de cachaça
0Denji é traído e morre, mas volta à vida após um acordo com Pochita, o Demônio da Motosserra, e se torna Homem-Motosserra, um humano com coração de demônio e a missão de exterminar criaturas maléficas. A “carnificina” atraiu o público para a história, uma das mais consumidas no Japão.
Tradução preconceituosa
Em 2020, a editora Panini anunciou o lançamento de Chainsaw Man no Brasil, mas o mangá já fazia sucesso de maneira extraoficial.
Fãs compartilhavam as edições pela internet e traduziam as falas de Denji com palavrões, por ser um adolescente. A adaptação ganhou contornos criminosos quando fãs extremistas incorporaram diálogos racistas, antissemitas, machistas e LGBTfóbicos. Até uma cachaça brasileira foi inserida em uma cena do mangá!
A princípio, a tradução era encarada como piada, e uma fala do Demônio do Futuro, personagem dublado por Briggs, virou meme: “O futuro é pica!”.
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: "thumbnails-c-3x1", container: "taboola-mid-article", placement: "Mid Article", target_type: "mix" });Ao ganhar sua primeira versão brasileira oficial, parte do público reclamou da ausência de expressões da tradução adulterada.
Os protestos viraram crimes de ódio quando Guilherme Briggs se posicionou contrário à edição preconceituosa do produto.